Mulheres e jovens são alvo de ladrões que roubam celulares

Segundo PM, índice deste tipo de crime é cada vez mais comum.

O roubo de celulares tem se tornado cada vez mais comum. Segundo a Polícia Militar (PM), a facilidade de o objeto ser usado como moeda de troca por ladrões é um dos motivos desse índice, que não para de crescer. Para combater esse tipo de crime, a tecnologia pode ser uma aliada.

Já se passaram sete meses desde que uma estudante, que preferiu não se identificar, foi assaltada. O celular foi levado pouco tempo depois de descer do carro. “Mudei muitos hábitos. Não mexo no celular quando estou sozinha, à noite tento não andar no carro com o vidro aberto, bolsa fecho imediatamente”, contou.

Mesmo sem uma estatística específica envolvendo celulares, a polícia afirma que na maioria dos casos de roubo nas ruas o aparelho é o alvo. E isso acontece principalmente por dois motivos. “Primeiro porque é uma moeda de troca para as drogas e o segundo é porque há receptadores”, explicou o capitão da PM, José Renato Silva. O policial explicou ainda que existe um perfil de vítimas preferido pelos criminosos. “A maioria é jovem e mulher”, completou.

Nas ruas não é difícil encontrar flagrantes. Muita gente com o telefone na mão, mesmo quando utilizam o aparelho apenas para ouvir música. O especialista em tecnologia, Luciano Lopes, alerta que o cuidado pode ir além de não exibir o aparelho. Para quem tem celular com a tecnologia Android, não faltam aplicativos que ajudam a trazer mais segurança e ajudar no rastreamento depois de um roubo.

“Mesmo dentro de casa, quando o celular está atrás do sofá, ou dentro de uma gaveta, a pessoa aciona o aplicativo que dispara um alarme sonoro no aparelho que irá encontra-lo, mesmo estando no modo silencioso. Se ele foi furtado e continuar ligado dentro de uma área de cobertura da operada ou conectado à internet, o dono consegue identificar a localização geográfica do aparelho e acionar a polícia”, explanou.

Um dos aplicativos, por exemplo, mostra a localização exata do aparelho, utilizando um computador conectado à internet. Ao se aproximar, é possível até emitir um sinal sonoro.  O especialista contou que a maioria dos programas é gratuita. Mas existem opções pagas, que oferecem ainda mais tecnologia. “Registram a imagem de quem estiver usando o aparelho sem que a pessoa saiba. Essa imagem é registrada pelo celular e enviada para o e-mail do proprietário”, afirmou Luciano.

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