O HPV é um dos principais causadores de câncer do colo do útero. Até o
dia 10 de abril, meninas de 10 a 13 anos serão vacinadas gratuitamente na rede
pública de saúde. Embora o vírus seja propagado principalmente via relações
sexuais, é indicado aplicar a vacina em meninas que ainda não tiveram suas
vidas sexuais iniciadas devido a uma melhor eficácia.
Proteja suas meninas e colabore para reduzir o número de contaminações do HPV.
O Blog Saúde
juntamente com informações da Agência de Saúda preparou um material bem
completo sobre o HPV, continue lendo abaixo.
A campanha de
vacinação contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV, já começou. A
vacina, usada na prevenção do câncer de colo do útero, passa a ser ofertada
gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 11 a 13 anos.
Confira o material que o Blog da Saúde preparou e tire suas dúvidas sobre
a vacina:
1. Como funcionará a
vacinação contra o HPV no SUS?
Em 2014, o Ministério da Saúde incluiu a vacina contra o HPV no Calendário
Nacional de Vacinação e ela será fornecida gratuitamente, pelo Sistema Único de
Saúde, a meninas de 11 a 13 anos. O Ministério da Saúde recomenda que a
primeira dose (de um total de três) seja aplicada nas escolas publicas e
privadas que aderiram à estratégia a partir de 10 de março. A vacina também
estará disponível nas 36 mil salas de vacina da rede pública de saúde durante
todo o ano.
2. Quem deve tomar a
vacina?
Em 2014, a população alvo da vacina contra o HPV será composta por meninas de
11 a 13 anos. Em 2015, serão vacinadas as adolescentes de 9 a 11 anos e, a
partir de 2016, serão vacinadas as meninas que completam 9 anos de idade. Com
isso, o Brasil, em apenas dois anos, protegerá as meninas de 9 a 13 anos –
faixa etária que melhor se beneficia da proteção da vacina. No caso da
população indígena, serão vacinadas meninas de 9 a 13 anos em 2014 e de 9 anos
de idade a partir de 2015.
3. Por que o
Ministério da Saúde incluiu a vacina contra o HPV no Calendário Nacional de
Vacinação?
O vírus HPV é a principal causa do câncer do colo de útero, o terceiro tipo
mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do câncer de mama e de cólon e
reto. Por isso, a incorporação da vacina no calendário nacional tem o objetivo
de prevenir o câncer de colo do útero. Com a introdução da vacina no SUS,
espera-se a redução da incidência e da mortalidade por esta doença. Estima-se
que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido ao câncer de colo do útero. No
Brasil, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)
estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4,8 mil óbitos em 2014.
Com a vacinação, também será possível a prevenção de verrugas genitais e outros
tipos de câncer induzidos pelo HPV.
4. Qual é a meta de
vacinação para 2014?
A meta é vacinar pelo menos 80% do grupo alvo, formado por 5,2 milhões de
meninas na faixa etária de 11 a 13 anos em 2014. Com uma alta cobertura vacinal
ocorre uma “imunidade coletiva ou de rebanho”, ou seja, há a possibilidade de
redução da transmissão mesmo entre as pessoas não vacinadas.
5. Por que o Ministério da Saúde estabeleceu a faixa etária de 9 a 13
anos?
A vacina adotada no SUS – chamada de quadrivalente - é altamente eficaz contra
os tipos de HPV 6, 11, 16 e 18, sendo que os tipos 16 e 18 são responsáveis por
cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo. A idade mais
favorável à vacinação é a faixa etária entre 9 a 13 anos porque é neste período
que a vacina garante maior proteção, já que as adolescentes não iniciaram a
vida sexual, e, por isso, não estiveram expostas ao vírus.
6. Por que o Ministério da Saúde não incluiu os meninos na estratégia de
vacinação?
Como o objetivo desta estratégia de vacinação é reduzir casos e mortes
ocasionados pelo câncer de colo do útero, a vacinação será restrita ao sexo
feminino. Estudos comprovam que os meninos passam a ser protegidos
indiretamente com a vacinação no grupo feminino (imunidade coletiva), havendo
drástica redução na transmissão de verrugas genitais entre homens após a
implantação da vacina contra o HPV como estratégia de saúde pública.
7. Como o Ministério
da Saúde irá sensibilizar os pais sobre a importância de vacinar suas filhas
contra o HPV?
Os pais serão informados a partir de materiais informativos distribuídos pelo
Ministério da Saúde, assim como as adolescentes e profissionais de saúde e
educação. Esses materiais esclarecem os objetivos da vacinação e a sua
relevância como medida de saúde pública para a redução da incidência e
mortalidade pelo câncer do colo do útero. Campanhas publicitárias na televisão,
cartazes, mídia em geral, redes sociais e grupos de jovens serão, ainda,
estratégias utilizadas para sensibilização.
8. Como funcionará a
vacinação nas escolas?
As secretarias municipais de Saúde foram orientadas a programar a vacinação nas
escolas públicas e privadas que aderiram à estratégia a partir do dia 10 de
março. As instituições de ensino devem informar, com antecedência, aos pais ou
responsáveis a data de vacinação. A recomendação do Ministério da Saúde é de
que a primeira dose (de um total de três) seja aplicada nas escolas, as demais
nos serviços de saúde. Na escola, a vacina será aplicada em ambientes seguro e
adequado e por profissionais de saúde.
9. Para ser vacinada
nas escolas, a adolescente precisa de autorização dos pais? E nos postos de
saúde?
A vacinação contra o HPV é uma importante ação de saúde pública para a
prevenção do câncer de colo do útero. Os pais que não quiserem que seus filhos
sejam vacinados nas escolas deverão preencher o Termo de Recusa de vacinação
contra HPV entregue pela própria escola e enviar para a instituição de ensino
durante o período em que o ocorrer a vacinação nestas localidades. Nas unidades
de saúde, a adolescente que queira se vacinar deve apresentar a caderneta de
vacinação ou documento de identidade, sem a necessidade de autorização dos pais
ou responsáveis.
10. Se a adolescente
não puder comparecer no período de vacinação na escola, ela poderá vacinar em
outro momento?
Sim. A vacina estará disponível nas unidades de saúde.
11. Municípios que
não iniciarem campanha de vacinação nas escolas no dia 10 de março poderão
realizá-la posteriormente?
Sim. Cabe à secretaria municipal de saúde definir a estratégia o calendário de
vacinação.
12. Como será feita a convocação para a segunda dose? E a terceira dose?
No momento em que a adolescente receber a primeira dose, será entregue a ela
uma carta orientando sobre aonde se dirigir para a administração da segunda e
terceira doses, que serão aplicadas em um serviço de saúde.
13. Adolescentes que já tomaram outros tipos de vacina contra o HPV,
como devem proceder?
O Ministério da Saúde recomenda que a adolescente continue o esquema com a
mesma vacina nos próprios serviços onde se iniciou a vacinação contra o HPV.
14. Se a adolescente
que tiver feito a primeira dose na rede privada antes da campanha pode
completar o esquema na rede pública?
Sim, a adolescente poderá tomar até duas doses seguintes na rede pública.
15. Que vacina
contra o HPV será oferecida no SUS?
O Ministério da Saúde adquiriu a vacina quadrivalente, que confere proteção
contra quatro tipos (6, 11, 16 e 18) do HPV. O esquema de vacinação adotado
pelo Ministério da Saúde é chamado de “estendido” e composto por três doses,
sendo que a 2ª dose deve ser aplicada seis meses após a 1ª e a 3ª dose, cinco
anos depois da 1ª. O esquema “estendido” é recomendado pela Organização
Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) e utilizado em países como Canadá, México,
Colômbia e Suíça e garante maior duração da proteção fornecida pela vacina.
16. A vacina é
administrada por via oral ou é injeção?
É por via intramuscular, injeção de apenas 0,5 ml em cada dose.
17. A vacina contra
HPV provoca algum efeito colateral? O que fazer caso sinta alguns desses
sintomas?
A vacina é muito segura. Pode ocorrer eventos adversos leves como dor no local
da aplicação, inchaço e coloração avermelhada. Em casos raros, pode ocasionar
dor de cabeça, febre maior que 38º C e desmaios. É importante ressaltar que a
ocorrência de desmaios durante a vacinação contra HPV não está relacionada à
vacina especificamente, mas sim ao processo de vacinação, que pode acontecer
com a aplicação de qualquer produto injetável. Em caso de algum desses
sintomas, o Ministério da Saúde recomenda que a adolescente procure uma unidade
de saúde mais próxima relatando o que sentiu ou está sentindo.
18. Em quais
situações a vacina contra o HPV não deve ser administrada?
A vacina é contraindicada a gestantes, meninas com hipersensibilidade ao
princípio ativo da vacina (sulfato de hidroxifosfato de alumínio amorfo) e que
apresentarem alguma reação alérgica grave após receberem a primeira dose.
19. Como foi
adquirida a vacina pelo SUS?
Para a aquisição da vacina contra o HPV, o Ministério da Saúde firmou Parceria
para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o laboratório público Instituto
Butantan e o laboratório privado MerckSharpDohme (MSD). Será investido R$ 1,1
bilhão na compra de 41 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período
necessário para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro.
Somente para 2014, foram adquiridas 15 milhões de doses. A PDP possibilitou uma
economia estimada de R$ 83,5 milhões na compra da vacina em 2014. O Ministério
da Saúde pagará R$ 31,02 por dose, o menor preço já praticado no mercado.
20. Meninas que já
tiveram diagnóstico de HPV podem se vacinar?
Sim. Existem estudos com evidências de que a vacina previne a reinfecção ou a
reativação da doença relacionada ao vírus nela contido.
21. A vacinação
contra HPV substituirá o exame de Papanicolau?
Não. É importante lembrar que a vacinação é uma ferramenta de prevenção e não
substitui o rastreamento do câncer de colo do útero em mulheres na faixa etária
entre 25 e 64 anos. Assim, as meninas vacinadas só terão recomendação para o
rastreamento quando atingirem a faixa etária preconizada para o exame
Papanicolau e já tiverem vida sexual ativa.
22. Mesmo vacinada
será necessário utilizar preservativo durante a relação sexual?
Sim, quando iniciarem a vida sexual, é imprescindível manter a prevenção por
meio do uso de preservativo na relação. O preservativo protege, além do HPV,
outras doenças transmitidas por via sexual, como HIV, sífilis, hepatite B, etc.
23. O que é HPV?
Sigla em inglês para Papilomavírus Humano (Human Papiloma Virus - HPV). Os HPV
são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 150 tipos
diferentes de HPV.
O HPV de tipos 16 e 18 causam a maioria dos casos de câncer de colo do útero em
todo mundo (cerca de 70%). Já os de tipo 6 e 11, estão relacionados ao
surgimento de verrugas genitais e papilomas laríngeos.
24. Como o HPV é
transmitido?
O HPV é altamente contagioso, sendo possível contaminar-se com uma única
exposição, e a sua transmissão se dá por contato direto com a pele ou mucosa
infectada. A principal forma é pela via sexual, que inclui contato
oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, o contágio com
o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode
haver transmissão durante o parto. Embora seja raro, o vírus pode propagar-se
também por meio de contato com mão.
25. O que é câncer
de colo do útero?
É uma doença grave, caracterizada pelo crescimento anormal de células do colo
do útero. Cerca de metade de todas as mulheres diagnosticadas com câncer de
colo do útero tem entre 35 e 55 anos de idade. Muitas provavelmente foram
expostas ao HPV na adolescência ou na faixa dos 20 anos de idade. Estima-se que
270 mil mulheres, no mundo, morrem devido ao câncer de colo do útero. No
Brasil, o INCA estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4,8 mil
óbitos em 2014.
26. Como se prevenir
da transmissão do HPV e do câncer de colo do útero?
As medidas de prevenção mais importantes são uso do preservativo nas relações
sexuais, evitar ter muitos parceiros sexuais, realizar higiene pessoal,
vacinar-se contra o HPV e realizar o exame Papanicolau. É importante lembrar
que só a vacina contra o HPV não protege contra o vírus.
Unidade I - Pedreira/SP
Rua José Theodoro Alvarenga- 335 - Vila São José
Telefone: (19) 3852-2352
E-mail: pedreira@aj7seguros.com.br
Unidade II - Jaguariúna/SP
Rua Maria Angêla - 390 - Sala 23 - Best Center de Jaguariúna
Telefone: (19) 3867-2284
E-mail: jaguariuna@aj7seguros.com.br
Fonte: http://www.blog.saude.gov.br/index.php/programasecampanhas/33734-tire-suas-duvidas-sobre-a-vacina-contra-o-hpv